Translate

sábado, setembro 13, 2014

Gaúcho no México

Foto:AFP
Por: Raphael Pessanha

Ele começou no Grêmio, conquistou a Europa e o mundo antes de voltar ao Brasil e conquistar a Libertadores e a Recopa Sul-Americana pelo Galo Mineiro. Um jogador que foi capaz de fazer a torcida do Real Madrid aplaudido de pé enquanto atuava pelo maior rival, Barcelona, em pleno Bernabeu lotado. Um craque que participou do último título mundial da Seleção Brasileira em 2002. Um gênio que foi homenageado no Camp Nou recebendo o troféu Joan Gamper e saindo na foto da equipe do Barcelona enquanto vestia a camisa do Milan.
   R10 encara um novo desafio em sua carreira. Agora no tímido Querétaro do México, o meia de 34 anos tentará levar o clube ao seu primeiro título mexicano em 64 anos de existência. Só o tempo dirá se Ronaldinho será ovacionado pelos torcedores Albiazuis com atuações memoráveis, ou sairá pela porta dos fundos como aconteceu no Flamengo quando teve o rompimento de seu contrato com o time carioca junto à justiça.
    Fãs ou não do futebol do gaúcho, a maioria espera que Ronaldinho possa brilhar e trazer alegrias ao povo mexicano e brasileiro, naquilo que aparentemente apenas parece ser mais um "golpe de génio" de seu irmão e empresário Assis.


quarta-feira, setembro 10, 2014

Faltou solidariedade: São Paulo não quis saber de problemas alvinegro e venceu por 4 a 2

 Aurea Lucia Santana
Brasília-DF
 
Após duas derrotas, Botafogo está na corda
bamba(Foto: Jorge William / Agência O Globo)
E foi em clima de solidariedade que o Glorioso perdeu no Mané Garrincha. Para entrar e assistir a partida, quem levasse um quilo de alimento pagava apenas a metade do ingresso, mas o Botafogo esqueceu de combinar com o São Paulo. O Tricolor não foi nada solidário ao alvinegro e sapecou um 4 a 2.

Desde o início o tricolor paulista se mostrava melhor no jogo. Aos 7 minutos, Michel Bastos fez o cruzamento certeiro para Alan Kardec marcar o primeiro gol em Brasília.

O Botafogo não deixou de pressionar, e aos 19 minutos foi a vez da Estrela Solitária balançar as redes. Em cobrança de escanteio laçada na grande área, Zerballos aproveitou o erro da defesa tricolor e chutou para o gol, deixando o placar igual.

Mas a igualdade não ficou por muito tempo, na verdade o clube carioca não teve tempo de comemorar o primeiro, pois já estava vindo o segundo. Aos 22 minutos, André Bahia colocou de cabeça a bola na rede tricolor. Colocando assim seu time na frente do placar.

Porém o São Paulo não tinha desistido do jogo, e aos 36 minutos após o goleiro alvinegro tirar a bola que ia pro gol, Souza aproveitou o rebote e a bola finalmente entrou. Deixando mais uma vez tudo igual.

Menos de cinco minutos depois, Souza volta a brilhar em campo. Pato fez um cruzamento para o meia, que teve de sair da mira dos zagueiros e chutou forte a bola, fazendo o terceiro gol do tricolor.

Na volta para o segundo tempo, o Botafogo já inicia com um a menos, pois Airton é expulso após cometer falta feia em cima de Pato. O juiz deu o cartão vermelho direto para o jogador alvinegro, complicando mais a situação do carioca.

O São Paulo ainda fez mais um gol, aos 35 minutos da última etapa. Osvaldo recebeu no meio do campo e foi levando a bola, até passar para Pato, que já estava na grande área, chutou e correu pro abraço. Selando o placar final em 4x2.

O alvinegro irá dormir na 14º posição com 22 pontos, nada cômodo, pois está apenas a dois pontos do primeiro da zona de rebaixamento, que é o Coritiba.

Flu arranca empate e garante um ponto

Aurea Lucia Santana
Rio de Janeiro
 
Bruno foi expulso pelo lado tricolor.
(Foto: Marco Dutra / Photocâmera)
O Fluminense tinha a chance de dormir no G4  caso conseguisse vencer, mas não foi o que aconteceu, com algumas dificuldades de chegar na área do Figueirense o Flu apenas empatou. O Flu foi jogar em Santa Catarina contra o Figueirense no Orlando Scarpelli reeditando a partida da final da Copa do Brasil de 2008, na partida, cada time terminou com 10 jogadores em campo.

Aos 38 do primeiro tempo, Everaldo recebeu a bola de Marquinhos. O atacante foi levando a bola até a grande área e sendo marcado por Elivelton, mas o jogador do Figueirense foi mais habilidoso, pois conseguiu driblar o jogador do Flu, e ainda chutou a bola por debaixo das pernas de Cavaliere, que só olhou e viu a bola entrar no gol.

No início do segundo tempo, Leandro Silva é expulso pelo lado do Figueira. O lateral recebeu o segundo cartão amarelo. 

O Fluminense vinha atacando mais, pois estava na vantagem de números de jogadores em campo. 

Mas o tricolor também teve um jogador expulso, Bruno estava tentando recuperar a bola, mas subiu demais o pé, que acertou no rosto do jogador do Figueirense, e o juiz deu cartão vermelho direto.

Aos 39 minutos o Flu deixa tudo igual no Orlando Scarpelli. Cícero aproveitou o rebote do goleiro e cabeceou a bola direto para o gol.

domingo, setembro 07, 2014

Atlético-MG canta de galo e vence o Botafogo

 Aurea Lucia Santana
Rio de Janeiro
Com apenas um gol, Botafogo perde para
o Atlético-MG. (Foto: Leo Fontes/O Tempo)
O Botafogo foi jogar com o Atlético-MG, no estádio Independência, em Belo Horizonte. Os dois times começaram a jogar melhor na última etapa do jogo, mais o Galo, pois um jogador do Glorioso foi para o chuveiro mais cedo.

No primeiro tempo, as duas equipes não aproveitaram as oportunidades que tinham para abrir o placar. Se na primeira etapa estava difícil do Glorioso chegar, no segundo tempo iria ficar mais ainda, pois Dankler foi expulso bem no primeiro minuto. O lateral chegou de um jeito violento em Carlos, e o juiz deu direto cartão vermelho para o jogador, deixando assim o time visitante com um a menos.

Com a vantagem em campo, o Galo conseguiu a sair do zero a zero, pois a bola encontrou Leonardo Silva na grade área, e o zagueiro cabeceou para o fundo da rede. Fazendo o clube mineiro levar os três pontos da partida.

O clube carioca continua com 22 pontos, ocupando a 13ª colocação, e o Atlético-MG chegou ao seus 30 pontos e subiu para a sétima posição.

Flu joga bem e arranca empate no final

Aurea Lucia Santana
Rio de Janeiro
 

Kennedy salva Flu com belo gol e garante
o empate para o tricolor. (Foto: Rádio Globo)
O Maracanã recebeu duelo de gente grande na tarde desse domingo. Fluminense recebeu o líder Cruzeiro. O jogo foi bem corriqueiro, e o clube carioca arrancou o empate no final do jogo.

O primeiro gol da tarde saiu de pênalti. Cícero levantou demais o pé, acertando a lateral do rosto de Samudio. Júlio Baptista é quem vai para a cobrança, e com toda sua categoria chutou no lado direito do gol, balançando as redes e abrindo o placar para a Raposa.

O Flu estava jogando bem antes de levar o gol, mas não foi por isso que deixou de atacar, aos 17 minutos após escanteio, Elivelton jogou e sobrou para Wagner fazer de cabeça, deixando tudo igual no Maraca.

Poucos minutos depois o tricolor continuava no embalo, Conca recebeu e passou para Cícero, que pegou a bola e livre, chutou e estufou a redonda no fundo da rede. Colocando o Flu à frente do placar.

Próximo do fim da primeira etapa, Conca perde uma linda oportunidade de aumentar o placar para o Flu, porém o inverso aconteceu. Após uma falha da zaga do tricolor, a bola encontrou Júlio Baptista. O meia deixa mais uma vez tudo igual.
Se no primeiro tempo aconteceu bastante gols, no segundo não foi muito diferente. Aos 13 minutos, após o rebote do goleiro tricolor, a bola ficou com Marcelo Moreno fez um lindo gol.

O time tricolor estava aparentado cansaço, mas estavam correndo atras para fazer mais gols para não sair com a derrota. No finalzinho do jogo toda a corrida fez efeito. Fred estava sendo marcado por dois jogadores do Cruzeiro, mas ele jogou a bola para trás e sobrou nos pés de Kennedy, que chutou do lado direito do goleiro e balançou a rede. Mostrando que o Flu também sabe fazer gol bonito.

Com muitos gols, a partida terminou em 3x3 e foi um belo jogo para se assistir. Cruzeiro vai se garantindo e permanece líder da competição, e o Flu continua na quinta colocação.

Decadência do futebol italiano

Por: Raphael Pessanha

É verdade que Internazionale de Milão(2009/2010) e Milan(2002/2003 e 2006/2007) fazem presença como campeões da Liga dos Campeões da Europa após os anos 2000 pela Itália. Mas todos nós sentimos falta da época de ouro do futebol italiano.

    Anos 80/90 que encheram os olhos dos amantes do futebol. Os clubes montavam excelentes times com inúmeros craques do futebol mundial e ficavam um longo período como potências dentro do "País da Bota" e da Europa.

    A Roma de 1980-1984 com seu tricampeonato da Copa da Itália 79/80, 80/81 e 83/84, Italiano de 82/83 e o vice da Liga dos Campeões da UEFA de 83/84(título que ficou com o Liverpool dentro do Olímpico de Roma) tiveram excelentes zagueiros como Pietro Vierchowod, Aldo Maldega e Santarini, o baixinho porém mortal Bruno Conti na ponta esquerda e um meio de campo inesquecível que contou neste período com  Agostino Di Bartolomei, Prohaska, Toninho Cerezo, Carlo Ancelotti e o Rei de Roma Falcão, os torcedores romanistas reverenciam esta esquadra até hoje.

    A Juventus 1980-1986 foi um verdadeiro papa títulos que encantou a todos nos anos 80. Campeã do Mundial Interclubes 85, Campeã da Liga dos Campeões da UEFA 84/85, Campeã da Supercopa da UEFA 84, Campeã da Recopa Europeia 83/84, Tetracampeã Italiana 80/81, 81/82, 83/84 e 85/86 e Campeã da Copa da Itália 82/83. Uma super campeã que tinha super jogadores nesse período vitorioso. São alguns deles:  Zoff e Tacconi; Gentile, Scirea e Cabrini; Bonini, Tardelli, Boniek, Paolo Rossi, Michael Laudrup e o maestro da orquestra Michel Platini.

    Nem só de clubes ricos e equipes primorosas viveu a Serie A dos anos 80/90. Entre 1981 e 1987 o Hellas Verona montou uma equipe que não tinha um futebol tão vistoso, mas era muito competitivo e culminou com o título italiano de 84/85. O time contava com um ferrolho na zaga e bons jogadores na parte ofensiva como os italianos Pietro Fanna, Giuseppe Galderisi e Di Gennaro, o polivalente jogador alemão Briegel e o excelente dinamarquês Elkjaer.

    De 1986 a 1990 foi a vez do Napoli ser um dos protagonistas do futebol italiano e mundial. Conduzido e capitaneado por Diego Armando Maradona, o Napoli conquistou a Copa da UEFA 88/89, o bicampeonato  Italiano 86/87 e 89/90), a Copa da Itália 86/87 e a Supercopa da Itália 90. Os torcedores napolitanos presenciaram verdadeiros espetáculos no estádio San Paolo com o trio de ouro ma-gi-ca(Maradona, Giordano e Careca), o argentino inclusive tem a camisa de número 10 aposentada e eternizada no clube.

    Milan 1987-1990 foi uma equipe que conquistou a Europa e o mundo! Bicampeão do Mundial Interclubes 89 e 90, Bicampeão da Liga dos Campeões da UEFA 88/89 e 89/90, Bicampeão da Supercopa da UEFA 89 e 90, Campeão Italiano 87/88 e Campeão da Supercopa da Itália 89. Este Milan era uma equipe rápida, técnica e mortal que contava com os conhecidos italianos Maldini, Baresi, Costacurta, Carlo Ancelotti, Donadoni e o fortíssimo trio holandês Rijkaard, Gullit e Van Basten.

    Internazionale de Milão 1988-1991 obteve poucos títulos, porém com brilho e Bon futebol, são eles: Copa da UEFA 90/91, Campeonato Italiano 88/89 e Supercopa da Itália 89. O técnico super vitorioso Giovanni Trapattoni contou com os excepcionais Zenga, Bergomi, Berti, Díaz e Serena, além do magnífico trio alemão Andreas Brehme, Lothar Matthäus e Jürgen Klinsmann(campeões com a seleção alemã da Copa do Mundo de 1990).

   A Sampdoria 1988-1992 ganhou a Recopa Europeia 89/90, o Campeonato Italiano 90/91, a Copa da Itália 87/88 e 88/89 e a Supercopa da Itália 91 com um time equilibrado e talentoso. Os jogadores de destaque eram Pagliuca, Lanna, Vierchowod, Cerezo, Lombardo, Katanec, Dossena, Vialli e Roberto Mancini.

    Parma 1991-1995 foi uma equipe que teve um forte investimento da Parmalat, empresa italiana do ramo de lacticínios, que investiu forte no futebol e teve seu retorno com os títulos da Recopa da UEFA 92/93, a Copa da UEFA 94/95, a Supercopa da UEFA 94 e a Copa da Itália 91/92. Os jogadores de destaque daquela equipe foram Marco Ballotta, Taffarel, Antonio Benarrivo, Fernando Couto, Georges Grün, Dino Baggio Sensini, Gianfranco Zola, Alessandro Melli, Faustino Asprilla e Thomas Brolin.

   O Milan de 1991-1995 ainda com o trio holandês, fez história ao conquistar o campeonato italiano 91/92 de forma invicta e ganhando o apelido de Os Invencíveis. Títulos não faltaram a essa geração milanista, são eles a Liga dos Campeões da UEFA 93/94, a Supercopa da UEFA 94, o Campeonato Italiano 91/92, 92/93 e 93/94 e a Supercopa da Itália 92, 93 e 94. Foram inúmeros jogadores notáveis e eternos, ; Maldini, Baresi, Costacurta, Albertini, Rijkaard, Donadoni, Desailly, Ruud Gullit, Simone, Boban, Marco van Basten, Savicevic, Papin e Massaro.

    A poderosa Juventus voltou a assombrar a Itália e o mundo no período de 1994-1998 quando foi Campeã Mundial Interclubes em 1996, Campeã da Liga dos Campeões da UEFA em 95/96, Campeã da Supercopa da UEFA em 96, Tricampeã Italiana em 94/95, 96/97 e 97/98, Campeã da Copa da Itália em 94/95 e Bicampeã da Supercopa da Itália em 95 e 97. O período também foi muito rico em jogadores, quando participaram Peruzzi, Paolo Montero, Vierchowod, Iuliano, Di Livio, Deschamps, Paulo Sousa, Edgar Davids, Conte, Jugovic,  Zidane, Del Piero, Ravanelli, Vialli, Inzaghi entre outros dessa fase vitoriosa do time de Turim.

    O Parma 1998-1999 se reformulou e montou uma esquadra forte com
Buffon, Thuram, Benarrivo, Sensini, Cannavaro, Vanoli, Apolloni, Boghossian, Dino Baggio, Diego Fuser, Stefano Fiore, Verón, Ortega, Chiesa, Balbo e Crespo que conquistaram a Copa da UEFA 98/99, a Copa da Itália 98/99 e a Supercopa da Itália 99.

    Fechando essas duas décadas de ouro da Itália, a celeste da capital italiana, Lazio,conquistou a Recopa da UEFA 98/99, a Supercopa da UEFA 99, o Campeonato Italiano 99/00, a Copa da Itália 97/98 e 99/00 e a Supercopa da Itália 1998 e 2000 com excelentes jogadores como Marchegiani, Peruzzi, Nesta, Mihajlovic, Fernando Couto, Stankovic, Jugovic, Sérgio Conceição, Almeyda, Simeone, Roberto Mancini, Verón, Nedved, Salas, Claudio Lopez, Boksic, Vieri, Simone Inzaghi e Crespo, além do sueco  Sven-Göran Eriksson no comando desse time que encantou a Itália e a Europa.

    Nos últimos anos o futebol italiano caiu de produção, escândalos de arbitragem, há não contratação de craques, estádios vazios em muitos jogos e violência entre torcidas, são alguns dos fatores para a decadência deste campeonato que já viveu momentos inesquecíveis e maravilhosos em outrora e hoje luta para se reerguer e recuperar a sua imensa importância no quadro do futebol europeu e mundial. Força Calcio!