A prova de tiro é uma das provas doPentatlo Moderno (Foto: Divulgação CBPM) |
O torneio volta ao Centro Nacional de Pentatlo Moderno (CNPM), construído pelo Ministério do Esporte para os Jogos Pan-Americanos de 2007. A permanência da capital fluminense no calendário internacional da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM) é vista como uma constatação de que a Cidade Maravilhosa, que vai sediar os próximos Jogos Olímpicos, em 2016, entrou de vez no calendário internacional da modalidade.
“A realização da segunda etapa da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno no Rio de Janeiro, nas instalações do Complexo Esportivo de Deodoro, é motivo de satisfação para o Ministério do Esporte. Ela representa oportunidade de desenvolvimento melhor da modalidade no Brasil e de utilização de um equipamento esportivo público em alto nível”, destaca Ricardo Leyser, secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.
Além do Ministério do Esporte, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) também prevê apoio à Copa do Mundo de Pentatlo Moderno do Rio de Janeiro. Assim como em 2012, neste ano, a entidade prevê a colaboração em ações complementares para a organização da competição.
“A realização da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno pelo segundo ano consecutivo em nosso país é motivo de imenso orgulho para o Comitê Olímpico Brasileiro e para toda comunidade esportiva, em uma clara demonstração do desenvolvimento do Pentatlo Moderno no Brasil. Gostaria de parabenizar a Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno pelo excelente trabalho realizado e pela representatividade que o Brasil vem alcançando no cenário internacional”, enfatiza Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.
(Foto: Divulgação CBPM) |
Os apoios do COB e do Ministério do Esporte são fundamentais para que a CBPM, junto com a UIPM, permita que o circuito da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno faça uma nova parada na capital fluminense, principalmente em ano de início de ciclo olímpico.
“É um momento especial para o Pentatlo Moderno brasileiro. Estamos iniciando o novo ciclo olímpico com as imagens ainda bem vivas da nossa atleta Yane no pódio em Londres. Sabemos o quanto é importante realizar competições internacionais de alto nível diante da própria torcida, com o objetivo de dar confiança ao atleta. Já estamos respirando 2016, literalmente”, diz Helio Meirelles, presidente da CBPM.
A importância da cidade do Rio de Janeiro para o Pentatlo Moderno mundial já pôde ser vista na edição de 2012 do torneio no Brasil. Dos 72 competidores que estiveram nos Jogos Olímpicos de Londres, em agosto passado, 61 vieram à capital fluminense para participar da etapa carioca da competição. Dentre eles, quatro futuros medalhistas olímpicos: o theco David Svoboda (ouro), a lituana Laura Asadauskaite (ouro), o chinês Cao Zhongrong (prata) e a brasileira Yane Marques (bronze).
Além destes, competiram no Rio atletas de ponta como a francesa Amélie Case, tricampeã mundial, os russos Andrei Moiseev, bicampeão olímpico (2004 e 2008), e Alexsander Lesun, número um do ranking mundial masculino, e a alemã Lena Schoneborn, ouro em Pequim e bicampeã na Final da Copa do Mundo (2010 e 2011).
Das quatro etapas da Copa do Mundo de 2012 (Estados Unidos, Brasil, Hungria e Rússia), a carioca foi a que teve o maior número de pentatletas. Além do primeiro lugar no ano passado, o torneio em solo brasileiro quebrou o recorde de competidores em uma única etapa da Copa do Mundo. Foram 147 nomes de 35 países, abrangendo todos os continentes.
O número foi tão grande que, pela primeira fez, a semifinal feminina da competição contou com três grupos de pentatletas para uma melhor distribuição da disputa. É o Brasil mostrando mais uma vez que consegue competir de igual com outros países que têm forte tradição na modalidade.
“Com o apoio irreversível do Mistério do Esporte ao qual se junta à vitoriosa parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro, o Rio de Janeiro se consolidou como destino preferido dos pentatletas estrangeiros. Estamos esperando outra invasão de delegações estrangeiras, como ocorreu em 2012. As inscrições já contabilizadas apontam neste sentido. Muito antes do The New York Times apontar o Rio de Janeiro como a cidade a ser visitada em 2013, a família do Pentatlo Moderno já havia descoberto os caminhos que levam à Cidade Maravilhosa”, aponta Helio Meirelles.
Bom para atletas, técnicos e árbitros
A volta da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno já em 2013 ao Rio deixa a comunidade brasileira da modalidade animada. A presença de atletas de ponta, que ocupam as primeiras posições no ranking mundial e estão sempre se destacando nos torneios internacionais serve para aprimorar as bases do esporte em nosso país.Os primeiros beneficiados são os pentatletas. Mesmo muito deles já tendo a oportunidade de percorrer o mundo nas principais competições da modalidade, o que se viu nos últimos anos graças as intensos esforços da CBPM, competir com esses atletas de alto nível ‘em casa’ é uma ótima oportunidade de aprimoramento técnico.
“As adversárias são praticamente as mesmas, por isso, competir no Brasil é tão difícil quanto competir fora. Claro que a torcida a nosso favor é um diferencial”, conta a pentatleta Yane Marques, única latino-americana medalhista olímpica na modalidade, graças ao bronze conquistado em Londres 2012.
Yane diz que achou excelente a notícia da volta da Copa do Mundo ao Rio. “Que o Brasil possa realizar anualmente um torneio como esse e que esse tipo de evento possa ajudar na preparação das Olimpíadas, já que em 2016 estamos com a incumbência de realizar da melhor forma que for possível os Jogos”, deseja.
Além dos ganhos dos pentatletas brasileiros, árbitros e técnicos de Pentatlo Moderno também se desenvolvem com a realização de torneios da modalidade no país. Para o Coronel Marcelo Gonçalez, que acabou de assumir funções como membro do Comitê Técnico da UIPM, a sequência de eventos internacionais da modalidade no Rio ajuda na capacitação de árbitros brasileiros que vão atuar nos Jogos Olímpicos da cidade, daqui a três anos.
“É muito importante que, para os Jogos de 2016, nossos árbitros estejam bem preparados. Para isso, a CBPM e as federações estaduais têm realizado clínicas e cursos de arbitragem, que são ferramentas valiosas para a capacitação do nosso quadro de árbitros de Pentatlo Moderno”, destaca Gonçalez, que na Copa do Rio vai atuar como diretor da prova de esgrima.
Para o esportista, a volta do torneio à capital fluminense um ano depois é uma constatação de que o Brasil tem crescido em importância dentro do cenário do Pentatlo Moderno mundial.
“Tenho presenciado declarações de diversos atletas, técnicos e dirigentes da UIPM, tecendo elogios a elevada qualidade das competições que são organizadas pela CBPM no Complexo de Deodoro.
Além disso, o Rio de Janeiro é praticamente uma unanimidade entre todos os que participam de competições por aqui, especialmente em relação à simpatia do povo carioca e às belezas das praias da cidade. Acredito que estamos no caminho certo para realizarmos uma prova de altíssimo nível durante os Jogos Olímpicos do Rio em 2016”, enfatiza o Coronel Gonçalez.
Com a etapa de 2013, o Brasil já terá participado do circuito da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno quatro vezes. Além da qualificação de 2012, a cidade já sediou a final da competição em 2009 e a segunda etapa de 2004, sempre no Rio de Janeiro.
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