Hoje completa 20 anos da morte do tricampeão da Fórmula 1, Ayrton Senna, que mesmo depois de duas décadas ainda é considerado um dos principais nomes entre todos os pilotos da história da modalidade.
Segundo
um estudo, Senna está entre os principais nomes da F1, sejam corredores ainda em
atividade, como Sebastian Vettel
e Fernando Alonso, ou que já não disputam os Grandes Prêmios Mundiais,
como Michael Schumacher e Alain Prost, Senna é o mais citado no Brasil e
o terceiro no mundo nas redes sociais. Para chegar a esse resultado
foram mensuradas citações no Twitter, Facebook,
Youtube, fóruns, blogs e websites de janeiro a dezembro de 2013.
Outro
estudo, o Celebrity DBI, que afere a percepção da
população sobre celebridades em vários países, aponta que
Ayrton Senna é a primeira personalidade em aceitação e carisma entre os
brasileiros. Internacionalmente, Senna também está em alta,
principalmente entre os italianos e espanhóis.
Pontuação DBI (nos países pesquisados) - % - dados de setembro de 2013
Brasil
|
89,84
|
Itália
|
79,88
|
Espanha
|
73,38
|
Reino Unido
|
63,83
|
Estados Unidos
|
33,41
|
Nesta pesquisa, é avaliado vários temas, como o conhecimento sobre a celebridade, o seu apelo e o quanto a sua vida
é almejada, entre outros itens.
Além
disso, a atual e excelente pontuação no Brasil, faz de Ayrton Senna o
primeiro nome de atleta não ligado ao futebol à frente
de grandes ícones do esporte como Pelé, Ronaldo, Marta, Neymar, Kaká e
até mesmo do tenista Gustavo Kuerten e do lutador de MMA, Anderson
Silva.
Quando
os resultados são analisados por faixa etária, a pesquisa indica que
Ayrton Senna soma 93% de aprovação entre a população
de 25 anos ou mais. Já entre os mais jovens, que não vivenciaram o
legado do grande piloto brasileiro, o índice tem uma média de 80%.
Quando analisado por classe social, o índice de aprovação é semelhante
em todas as classes, em média 89% por cento nas classes
baixa, média e alta, e 93% na classe muito alta.
Por
fim, a pesquisa também revela que a F1 tem um grande
número de fãs entre o público masculino de 40 a 54 anos (26%), pessoas que viveram a época em que Senna era um dos maiores ídolos das pistas. Os mais jovens, de 18 a 29 anos, no entanto, se destacam entre os que não se interessam pelo esporte.
Bruno Senna confessa muita saudade do tio
Não é só os fãs que lamentam sua morte e lembram com muito carinho de Senna, Os 20 anos
da morte de Ayrton Senna, no trágico fim de semana do GP de
Ímola de 1994, há um personagem
obrigatório das reportagens da mídia internacional e brasileira que
recordam as duas décadas sem o melhor piloto da história da Fórmula 1,
Bruno Senna - sobrinho do tricampeão mundial, ele comenta diversos temas
relacionados ao tio. E relata sua visão sobre um nome que surpreende por
se manter cada vez mais marcante na memória de todos apesar da passagem
do tempo desde aquele fatídico 1º de maio.
As primeiras memórias - "São da época em que ele regressava ao Brasil ao final da temporada. Ele sempre trazia brinquedos incríveis para mim e minhas irmãs, principalmente do Japão. Lembro que ganhei vários carrinhos rádio-controlados com os quais eu começava a brincar imediatamente."
Ayrton fora das pistas - "Ele era um cara relaxado, bem do tipo família. Sempre procurava ajudar os outros e aproveitar bem esse período de descanso ao fim do campeonato. Aproveitava também para dormir bastante e zoar com os convidados que apareciam em casa em Angra dos Reis, enchendo o prato deles de pimenta quando não estavam olhando. Gostava ainda de empurrar as pessoas na piscina ou no mar, principalmente se elas tinham acabado de tomar banho."
Onde estava no dia do acidente - "Estava em casa com a família. Claro que ficou tudo muito confuso. As informações não eram muito precisas e o estresse foi muito grande até que sua morte fosse confirmada. Depois disso, tivemos um pouco de tempo para aceitar a perda, mas felizmente somos uma família unida e centrada, e todos puderam se apoiar naquele momento difícil."
A famosa frase: "Se acham que sou rápido, esperem até ver meu sobrinho." - "Significa basicamente que ele achava que eu tinha habilidade para encará-lo nas corridinhas de kart na fazenda. Ter sucesso no automobilismo vai muito além de ser veloz, mas depende de ter a cabeça boa e estar no lugar certo e na hora certa."
A pressão do nome - "O nome Senna sempre foi motivo de orgulho para mim, mas também fator de pressão extra. Mas é claro que me ajudou muito a conquistar apoios no início da minha carreira."
O legado - "O legado do Ayrton é muito abrangente. Vem, acredito, da forma como conseguia tocar os mais diversos tipos de pessoas com aquilo que representava. Existe o aspecto mais básico, que é o do piloto e das suas incríveis façanhas nas pistas.
Todos os fãs de
corrida tem essa nostalgia e as memórias inesquecíveis de disputas por
posição, grandes corridas na chuva, além, é claro, das classificações.
Para outras pessoas, o grande legado está voltado à sua personalidade
fora das pistas. Alguém que era tão bem-sucedido e amado no esporte, mas
conseguiu transcender o esporte e se tornar um exemplo de princípios de
vida. Características como determinação, obstinação, perfeccionismo,
senso de justiça e patriotismo fizeram do Ayrton alguém muito
diferenciado num esporte onde a política sempre reinou. Ainda nas
pistas, as medidas de segurança nos carros e nos autódromos foram
reforçadas, a tal ponto que ninguém mais morreu numa corrida de Fórmula
1. Mas, na minha opinião, seu maior legado é o Instituto Ayrton Senna,
fundado pela minha mãe, Viviane, para levar adiante um grande sonho do
Ayrton: dar oportunidade às crianças e jovens preencherem seus
potenciais e atingirem sucesso na vida. Ate hoje, mais de 10 milhões de
crianças e jovens passaram pelos diversos programas educacionais do
Instituto por todo o Brasil. Mesmo aqueles que nunca chegaram a ver o
Ayrton correndo o conhecem e foram tocados por ele de alguma forma."
Uma curiosidade - "Parece que todos têm uma história diferente sobre o Ayrton, mas a minha favorita é uma que ouvi do Nigel Mansell. Ele me disse que, quando venceu o campeonato de 1992 e estava saboreando a conquista no pódio, o Ayrton, que estava ao seu lado, disse para ele: ""Tá curtindo, né? Por que você acha que me esforço tanto?"
número de fãs entre o público masculino de 40 a 54 anos (26%), pessoas que viveram a época em que Senna era um dos maiores ídolos das pistas. Os mais jovens, de 18 a 29 anos, no entanto, se destacam entre os que não se interessam pelo esporte.
Bruno Senna confessa muita saudade do tio
Não é só os fãs que lamentam sua morte e lembram com muito carinho de Senna, Os 20 anos
(Foto: AMR Divulgação) |
As primeiras memórias - "São da época em que ele regressava ao Brasil ao final da temporada. Ele sempre trazia brinquedos incríveis para mim e minhas irmãs, principalmente do Japão. Lembro que ganhei vários carrinhos rádio-controlados com os quais eu começava a brincar imediatamente."
Ayrton fora das pistas - "Ele era um cara relaxado, bem do tipo família. Sempre procurava ajudar os outros e aproveitar bem esse período de descanso ao fim do campeonato. Aproveitava também para dormir bastante e zoar com os convidados que apareciam em casa em Angra dos Reis, enchendo o prato deles de pimenta quando não estavam olhando. Gostava ainda de empurrar as pessoas na piscina ou no mar, principalmente se elas tinham acabado de tomar banho."
Onde estava no dia do acidente - "Estava em casa com a família. Claro que ficou tudo muito confuso. As informações não eram muito precisas e o estresse foi muito grande até que sua morte fosse confirmada. Depois disso, tivemos um pouco de tempo para aceitar a perda, mas felizmente somos uma família unida e centrada, e todos puderam se apoiar naquele momento difícil."
A famosa frase: "Se acham que sou rápido, esperem até ver meu sobrinho." - "Significa basicamente que ele achava que eu tinha habilidade para encará-lo nas corridinhas de kart na fazenda. Ter sucesso no automobilismo vai muito além de ser veloz, mas depende de ter a cabeça boa e estar no lugar certo e na hora certa."
A pressão do nome - "O nome Senna sempre foi motivo de orgulho para mim, mas também fator de pressão extra. Mas é claro que me ajudou muito a conquistar apoios no início da minha carreira."
O legado - "O legado do Ayrton é muito abrangente. Vem, acredito, da forma como conseguia tocar os mais diversos tipos de pessoas com aquilo que representava. Existe o aspecto mais básico, que é o do piloto e das suas incríveis façanhas nas pistas.
(Foto: Arquivo Pessoal) |
Uma curiosidade - "Parece que todos têm uma história diferente sobre o Ayrton, mas a minha favorita é uma que ouvi do Nigel Mansell. Ele me disse que, quando venceu o campeonato de 1992 e estava saboreando a conquista no pódio, o Ayrton, que estava ao seu lado, disse para ele: ""Tá curtindo, né? Por que você acha que me esforço tanto?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário