Unilever venceu rival no tie-break e fez o Maracanãzinho delírar com homenagens à Fofão(Foto:Fernando Maia/MPIX) |
Eleita a melhor em quadra e ícone da equipe, a líbero Fabi quebrou o
protocolo e repassou o troféu para a levantadora Fofão, ovacionada por
todos no Unilever Vôlei e pela torcida. “Essa emoção que sentimos hoje
marcará nossas vidas. Eu me lembrarei de hoje para sempre, com certeza. E
sei o quanto deve ser difícil para a Fofão ter que pensar em terminar a
carreira ou não. Ela merece todas as homenagens possíveis. É uma líder
dentro e fora da quadra. Passar por esse momentos, inspirar pessoas,
tirar esse monte de gente de casa num sábado pela manhã... Tudo isso ao
lado dela, é especial para nós”, afirmou Fabi.
Homenageada do dia, Fofão mostrou, depois do jogo, um dos motivos para
ser tão querida por companheiras e fãs. Mesmo cercada de homenagens e
demonstrações de carinho, fez questão de agradecer à todos que ajudaram
na sua recuperação nesta temporada. “Existem muitas pessoas por trás
disso tudo
que não aparecem. O Fiapo e o Márcio, nossos fisioterapeutas,
Marcelo, Cesar, Hilmer, os nossos braços, o Nelson, que cuida de todo
nosso material, nossa equipe médica... Esse pessoal que cuidou de mim
para que tudo pudesse acontecer hoje. Quando o time viajava, eu ficava
tratando e treinando aqui, sempre com todos eles dispostos a me ajudar”,
revelou Fofão, que guardou um agradecimento especial para o final.
Unilever está na final (Foto:Alexandre arruda/CBV) |
“Eu não poderia sair de quadra hoje sem agradecer muito à Roberta. Se
não fosse ela, talvez eu não tivesse voltado a jogar. Ela assumiu o time
e me deu a tranquilidade necessária para me cuidar, para fazer um bom
tratamento. Ganhei o troféu de melhor do jogo das mãos da Fabi, mas
dedico à ela”.
Emocionada como todos na equipe, a oposta Sarah Pavan não escondia a
felicidade em ter participado de momentos tão importantes e intensos
como os deste sábado. Ela, que chegou ao time na última temporada, terá a
oportunidade de jogar mais uma final e revelou que nunca duvidou do
time. Até nos momentos em que nada parecia dar certo.
“Quando eu cheguei no Brasil, não sabia da história do time, não sabia
que já tinham jogado oito finais seguidas. Ganhamos o título ano passado
e essa havia sido a nona vez seguida que a equipe disputava a decisão.
Aqui eu aprendi que temos sempre que acreditar. E eu acreditava. Sempre
acreditei que chegaríamos, que jogaríamos melhor. Nossa torcida foi
incrível e ajudou muito. Nossas adversárias jogaram muito melhor que na
primeira partida, complicaram o jogo, mas deu tudo certo”, analisou
Sarah, ressaltando o trabalho realizado pelo Unilever Vôlei.
“Todo mundo aqui trabalha muito. Em qualquer outro lugar do mundo não
se trabalha como aqui. Não existe um dia sequer que não estejamos
pensando em vôlei e isso é fantástico. Somos viciados em trabalho e eu
gostei muito disso. Teremos duas semanas pela frente de muito treino e
quando temos esse tempo, jogamos melhor. Espero uma ótima final, se
pudesse ser no Rio, com nossa torcida, seria melhor ainda”, finalizou.
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